POLÍTICAS DE PATRIMÓNIO E PROCESSOS DE DISPOSIÇÃO E VIOLÊNCIA NA AMÉRICA LATINA CARINA JOFRÉ Y CRISTÓBAL GNECCO (EDITORES). TANDIL: UNICEN, 2022, 305 PÁGINAS

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Leticia Saldi

Resumo

Nos últimos anos, os processos patrimoniais passaram por uma viragem crítica que demonstra as dificuldades em implementar formas democráticas, consensuais e igualitárias de decidir o que e como cuidar ou preservar. Dar conta das formas racistas, elitistas e patriarcais com que até os Estados nacionais concebem a sua identidade e diversidade interna implica também reflectir sobre o exercício de disciplinas, como a arqueologia e a antropologia, e os seus métodos e teorias científicas. Esse olhar para dentro exige repensar a relação dos profissionais com as esferas do Estado, com as organizações sociais principalmente indígenas e com os territórios como um todo. O livro Políticas Patrimoniais e Processos de Despossessão e Violência na América Latina faz parte desta revisão crítica da patrimonialização e dos campos disciplinares.

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Como Citar
Saldi, L. (2023). POLÍTICAS DE PATRIMÓNIO E PROCESSOS DE DISPOSIÇÃO E VIOLÊNCIA NA AMÉRICA LATINA. Memorias Disidentes. Revista De Estudios críticos Del Patrimonio, Archivos Y Memorias, 1(1), 259-267. Recuperado de http://ojs.unsj.edu.ar/ojs/index.php/Mdis/article/view/987
Seção
Reseñas
Biografia do Autor

Leticia Saldi, Instituto Argentino de Nivologia, Glaciologia e Ciências Ambientais Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (IANIGLA-CONICET) Universidade Nacional de Cuyo (UNCuyo)

Antropóloga pela Universidade Nacional de Rosário e Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Nacional de Cuyo (UNCuyo). Pesquisador Associado do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET) com atuação no Instituto Argentino de Nivologia, Glaciologia e Ciências Ambientais (IANIGLA). Na Faculdade de Filosofia e Letras da UNCuyo é Professora Associada do Bacharelado em Arqueologia. Desde o desenvolvimento de sua tese de doutorado defendida em 2012 até o presente, tem interesse em analisar a incidência das representações étnicas, sociais e culturais na formação das paisagens aquáticas no centro-oeste argentino. Desde 2018 coordena o grupo e o projeto de pesquisa interdisciplinar denominado Memórias sociais e processos patrimoniais na bacia do rio Tunuyán Superior, Mendoza, Argentina (PICT-2021-GRF-TII-00083). Ela também é membro do GT de Ecologia Política de Abya Yala da CLACSO, onde está interessada em vincular a ecologia política com a educação ambiental crítica latino-americana. É autora do livro: Fronteiras aquáticas do deserto de Cuyo. Estereótipos étnico-ambientais da provinciana de Mendoza (1880-2010) publicados em 2020 pela editora Antropofagia. Entre suas últimas publicações estão Património, paisagens e experiências em tensão nas montanhas do sul dos Andes, Argentina, elaborado por Leticia Saldi, María José Ots e Luis Mafferra e publicado no International Journal of Heritage Studies (2023) e Conformação material e discursiva da atual paisagem florestal das áreas irrigadas do centro norte da província de Mendoza, Argentina, autores: Luis Mafferra, Leticia Saldi e Laura Besio, publicado na Antípoda. Revista de Antropologia e Arqueologia (2023). No nível universitário, coordena projetos de práticas socioeducativas onde estudantes e professores se articulam com moradores de territórios rurais do nordeste e centro-oeste de Mendoza, gerando laços de cooperação com organizações sociais de base e instituições educativas.

 

Referências

Mbembé, Achille (2003). Necropolitic. Public Culture, 15 (1), 11-40.

de Sousa Santos, Boaventura (2012). De las dualidades a las ecologías. Red Boliviana de Mujeres Transformando la Economía REMTE.

Viveiros de Castro, Eduardo (2004). Perspectival Anthropology and the Method of Controlled Equivo- cation, Tipití: Journal of the Society for the Anthropology of Lowland South America, 2 (1), 3-22