Introdução ao dossiê Pedestais Vazios

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Mario Rufer

Resumo

Grande parte das nações latino-americanas, como gênese fundadora, lançou em bronze alguns de seus flagrantes opróbrios: conquistadores, encomenderos, traficantes de escravos, genocidas, generais milicianos que massacraram populações inteiras e um previsível etc. Se é verdade que, como propôs Ernest Renan, as nações são menos aquilo que lembram do que aquilo que são forçadas a esquecer, poderíamos perguntar-nos qual é o papel da monumentalização e da invenção da memória pública e do património nacional nesse esquecimento fundador? Como esse esquecimento é contestado hoje diante das memórias emergentes, com outras linguagens de autoridade? Este texto apresenta o dossiê e os textos que o compõem, refletindo sobre seus eixos norteadores.

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Como Citar
Rufer, M. (2024). Introdução ao dossiê Pedestais Vazios. Memorias Disidentes. Revista De Estudios críticos Del Patrimonio, Archivos Y Memorias, 1(2), 11-20. Recuperado de https://ojs.unsj.edu.ar/index.php/Mdis/article/view/pedestalesvacios-MarioRufer
Seção
Introdução
Biografia do Autor

Mario Rufer, Universidad Autónoma Metropolitana - Xochimilco. mariorufer@gmail.com

Rufer é historiador pela Universidade Nacional de Córdoba, Argentina. Doutor em Estudos Asiáticos e Africanos, com especialização em História e Antropologia, pelo El Colegio de México. Atualmente, é professor-pesquisador titular da Universidad Autónoma Metropolitana, México. Suas linhas de pesquisa são voltadas para estudos culturais e crítica pós-colonial, e para os usos sociais do passado e da temporalidade: nação e história pública, arquivos, memória, museus, patrimônio. Publicou sobre metodologias críticas em estudos culturais e ciências sociais. É membro do Sistema Nacional de Pesquisadores do CONACyT (México). Foi professor visitante nas universidades de Bielefeld, Alemanha, Universidad del Cauca, Universidad de Buenos Aires, University of California, Los Angeles, New York University, entre outras. Seus livros como autor ou editor incluem La nación en escenas. Memoria pública y usos del pasado en contextos poscoloniales (El Colegio de México, 2010); Entangled Heritages. Postcolonial perspectives on the uses of the Past in Latin America (co-editado com Olaf Kaltmeier, Routledge, 2017); Indisciplinar la investigación. Arquivo, trabalho de campo e escrita (co-editado com Frida Gorbach, Siglo XXI Editores-UAM, 2017), The Routledge Handbook to the History and Societies in the Americas (co-editado com Olaf Kaltmeier e Stefan Rinke, Routledge, 2020); Horizontality: Towards a Critique of Methodology (co-editado com Inés Cornejo, CALAS-CLACSO, 2021); La colonialidad y sus nombres (Siglo XXI Editores-CLACSO, 2022); El tiempo de las ruinas (co-editado com Cristóbal Gnecco, UAM-Universidad de Los Andes, 2023). Ele é membro da Red de Información y Discusión en Arqueología y Patrimonio (RIDAP), fundador e editor-chefe da Memorias Disidentes: Revista de estudios críticos del patrimonio, archivos y memorias.

Referências

Battcock, Clementina y Rufer, Mario (2021). Revolt, condemnation or reparation? Feminist protests agains violence in Mexico. Contemporanea 4, 663-711.

Gamerro, Carlos (2002). El secreto y las voces. Norma.

Gutiérrez, Rodrigo (2004). Monumento conmemorativo y espacio público en Iberoamérica. Cátedra.

Renan, Ernest (2010 [1882]). ¿Qué es una nación? En Homi Bhabha (Ed.), Nación y narración. Entre la ilusión de una identidad y las diferencias culturales, (pp. 21-38). Siglo XXI.

Rufer, Mario (2010). La nación en escenas. Memoria pública y usos del pasado en contextos poscoloniales. El Colegio de México.

Tonda, Joseph (2021). The modern sovereign. The body of power in Central Africa (Congo and Gabón). Seagull Books.

Young, James (1993). The texture of memory. Yale University Press.